E.F.Dom Pedro II atual E.F. Central do Brasil sob concessão da MRS Logística trecho: Cachoeira Paulista - Cruzeiro-SP
Ontem de manhã, pelas 4 horas, descemos de Santa Tereza para tomar o Trem Expresso de São Paulo, que parte às 5 da Estação Central, no Campo de Sant"tanna. descemos a romântica ladeira de Monte Alegre e vimos, o casario brilhando entre os inumeráveis bicos de gás.
Com a aurora,a grande estação se encheu de vida. Jornais eram oferecidos a preços maiores, vendedores de bilhetes nos perseguiam até a partida do trem. E também os engraxates... Centenas de passageiros ocupavam as plataformas...com suas mantas de viagens pardas, véus brancos sobre os chapéus, valises de mãoe bolsas de viagem...
Fora-nos reservados lugares amplos e cômodos em um carro de 1ª classe, e ali foram colocadas nossas bagagens,assim como um cesto com com o almoço,pois este é um cuidado que os passageiros não devem esquecer. Não há restaurantes na estrada de ferro Dom Pedro II e quem não levar o que comer arrisca-se a ficar com fome ou a comer mal por um preço caríssimo no caminho.
Os carros no sistema americano,com um longo corredor no meio, tendo à nossa disposição uma pequena mesa de parede que se pode baixar...
Em são Cristovão, na beira da estrada, vê-se uma elegante construção em estilo suíço: é a Estação Privativa do Imperador...
Passamos cinco cinco ou seis pequenas estações de suburbio ;diante de lindas"villas",maravilhosos jardins e encantadores chalés,voa o trem cada vez mais depressa,cortando os suburbios da grande cidade que se estende por muitas milhas.
Uma deliciosa frescura matinal permitia-nos gozar a viagem e, assim, a despedida do Rio foi-nos insensível... Aproximamo-nos rapidamente da serra.Já se atravessam muitos cortes no meiodas pedras; granito por todo os lados. É uma região romântica e selvagem,mas completamente solitária, pois não se vê gado nem casas...Lá embaixo, no vale, se acham umas 40 casas de uma colônia italiana, pintadas de branco...
O resfolegar forte da locomotiva e a escuridão anunciam o primeiro túnel. Mais um instante e estamos sepultados na treva, mas somente por um minuto... e assim prosseguimos numa permanente mutação de cenários,de túnel a túnel...são, ao todo, 17.
Depois de mais um túnel, lá está o grande vale do paraíba...Barra do Piraí...é uma paisagem como mais bela não se pode imaginar.
Mas o homem não vive só de poesia, devemos cuidar de nosso almoço,enquant o tremroda sempre a beira do magestoso Paraíba...com suas montanhas cobertas de cafezais, com seus rios lindos e seu fundo cercado por montanhas escuras...
Adiante ,Volta Redonda, depois Barra Mansa, uma cidadezinha com uma grande estação e bonitas casas. Bem junto à estação, vê-se um magnífico jardim de gosto fracês. Aquí moram as pessoas ricas do rio. São 9 horas e um quarto e cobrimos 154 km.
Em Pombal, o trem pára por dois minutos.Depois, a estação de Divisa, onde há uma colônia italiana. Em seguida, nos achamos sobre a grande ponte sobre oParaíba e passamos á provincia de Minas, que em breve deixaremos por outra ponte.
Passamos em seguida pela estação de Surubí e às 10 horas, paramos em Resende,no km 191. Seguem-se Itatiaia e Boa Vista, todas estações com seus armazens repletos de sacas de café. A linha cruza, em Cachoeira, o rio pela terceira vez. Lá os passageiros para São Paulos saltam e baldeiam para o trem da Estrada de Ferro do Norte de São Paulo.
Cachoeira é uma boa cidade, já com visível caráter paulista. Sobre a colina há um hotel no qual os passageiros que não trouxeram provisões amoçam habitualmente, mas como devem tomar seus lugares e se ocupar das bagagens, é frequente deixarem o almoço em meio.
A poeira de São Paulo não é mais agradável do que a de Minas ou do Rio, mas parece mais abundante. Poeira e suor são duas coisas que se entendem bem,mas cuja reunião não é muito agradável para aquele que a experimenta.
Lorena é uma cidade bonita, com uma bela igreja. Um quarto de hora depois estavamos em Guaratinguetá, grande e bonita, com duas igrejas, elegantes casas e bem cuidados jardins. Depois de Barra Mansa, é a mais bonita localidade em 294 km de percurso.Poucos minutos depois, estamos em Aparecida, com a velha igrejae um convento também velho.
Passada a pequena Roseira, chegamos a Pindamonhangaba, depois Taubaté e Caçapava. A pequena estação de são José não oferece nada de notável. Às 3h40 chegamos à estação de jacareí ,grande e bonita cidade, com uma pequena estação mas muito animada.
Já nos aproximávamos do rio Tietê e a zona ficava de novo montanhosa. Alcançamos Guararema,depois Mogi das Cruzes, completando 450 km. Encantadora,com suas três igrejas, Mogi, com suas trepadeiras rosa, lembra Santa Catarina.
São 6 horas e o trem apita: chegamos a São Paulo. O sol já tomba por detrás das colinas e o horizonte se ilumina com o crepúsculo.
Logo o trem entra na grande Estação do Norte. Entreguei as bagagens a um carregador numerado.Estamos na poética cidade de São Paulo.
Com a aurora,a grande estação se encheu de vida. Jornais eram oferecidos a preços maiores, vendedores de bilhetes nos perseguiam até a partida do trem. E também os engraxates... Centenas de passageiros ocupavam as plataformas...com suas mantas de viagens pardas, véus brancos sobre os chapéus, valises de mãoe bolsas de viagem...
Fora-nos reservados lugares amplos e cômodos em um carro de 1ª classe, e ali foram colocadas nossas bagagens,assim como um cesto com com o almoço,pois este é um cuidado que os passageiros não devem esquecer. Não há restaurantes na estrada de ferro Dom Pedro II e quem não levar o que comer arrisca-se a ficar com fome ou a comer mal por um preço caríssimo no caminho.
Os carros no sistema americano,com um longo corredor no meio, tendo à nossa disposição uma pequena mesa de parede que se pode baixar...
Em são Cristovão, na beira da estrada, vê-se uma elegante construção em estilo suíço: é a Estação Privativa do Imperador...
Passamos cinco cinco ou seis pequenas estações de suburbio ;diante de lindas"villas",maravilhosos jardins e encantadores chalés,voa o trem cada vez mais depressa,cortando os suburbios da grande cidade que se estende por muitas milhas.
Uma deliciosa frescura matinal permitia-nos gozar a viagem e, assim, a despedida do Rio foi-nos insensível... Aproximamo-nos rapidamente da serra.Já se atravessam muitos cortes no meiodas pedras; granito por todo os lados. É uma região romântica e selvagem,mas completamente solitária, pois não se vê gado nem casas...Lá embaixo, no vale, se acham umas 40 casas de uma colônia italiana, pintadas de branco...
O resfolegar forte da locomotiva e a escuridão anunciam o primeiro túnel. Mais um instante e estamos sepultados na treva, mas somente por um minuto... e assim prosseguimos numa permanente mutação de cenários,de túnel a túnel...são, ao todo, 17.
Depois de mais um túnel, lá está o grande vale do paraíba...Barra do Piraí...é uma paisagem como mais bela não se pode imaginar.
Mas o homem não vive só de poesia, devemos cuidar de nosso almoço,enquant o tremroda sempre a beira do magestoso Paraíba...com suas montanhas cobertas de cafezais, com seus rios lindos e seu fundo cercado por montanhas escuras...
Adiante ,Volta Redonda, depois Barra Mansa, uma cidadezinha com uma grande estação e bonitas casas. Bem junto à estação, vê-se um magnífico jardim de gosto fracês. Aquí moram as pessoas ricas do rio. São 9 horas e um quarto e cobrimos 154 km.
Em Pombal, o trem pára por dois minutos.Depois, a estação de Divisa, onde há uma colônia italiana. Em seguida, nos achamos sobre a grande ponte sobre oParaíba e passamos á provincia de Minas, que em breve deixaremos por outra ponte.
Passamos em seguida pela estação de Surubí e às 10 horas, paramos em Resende,no km 191. Seguem-se Itatiaia e Boa Vista, todas estações com seus armazens repletos de sacas de café. A linha cruza, em Cachoeira, o rio pela terceira vez. Lá os passageiros para São Paulos saltam e baldeiam para o trem da Estrada de Ferro do Norte de São Paulo.
Cachoeira é uma boa cidade, já com visível caráter paulista. Sobre a colina há um hotel no qual os passageiros que não trouxeram provisões amoçam habitualmente, mas como devem tomar seus lugares e se ocupar das bagagens, é frequente deixarem o almoço em meio.
A poeira de São Paulo não é mais agradável do que a de Minas ou do Rio, mas parece mais abundante. Poeira e suor são duas coisas que se entendem bem,mas cuja reunião não é muito agradável para aquele que a experimenta.
Lorena é uma cidade bonita, com uma bela igreja. Um quarto de hora depois estavamos em Guaratinguetá, grande e bonita, com duas igrejas, elegantes casas e bem cuidados jardins. Depois de Barra Mansa, é a mais bonita localidade em 294 km de percurso.Poucos minutos depois, estamos em Aparecida, com a velha igrejae um convento também velho.
Passada a pequena Roseira, chegamos a Pindamonhangaba, depois Taubaté e Caçapava. A pequena estação de são José não oferece nada de notável. Às 3h40 chegamos à estação de jacareí ,grande e bonita cidade, com uma pequena estação mas muito animada.
Já nos aproximávamos do rio Tietê e a zona ficava de novo montanhosa. Alcançamos Guararema,depois Mogi das Cruzes, completando 450 km. Encantadora,com suas três igrejas, Mogi, com suas trepadeiras rosa, lembra Santa Catarina.
São 6 horas e o trem apita: chegamos a São Paulo. O sol já tomba por detrás das colinas e o horizonte se ilumina com o crepúsculo.
Logo o trem entra na grande Estação do Norte. Entreguei as bagagens a um carregador numerado.Estamos na poética cidade de São Paulo.
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